Tarifaço: No Estado do Rio, a preocupação é com municípios que participam de cadeias produtivas que se integram aos EUA
Enviado Quarta, 23 de Julho de 2025.Mais do que levantar os números brutos das exportações fluminenses para os Estados Unidos, a prioridade no Estado do Rio é a realização de um estudo de impacto da elevação de tarifas de importação sobre os produtos brasileiros sobre os municípios que participem de cadeias produtivas intrinsecamente ligadas ao mercado americano. Essa foi uma das determinações estabelecidas na primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo governo do Estado do Rio para tratar do tarifaço, realizada num almoço, a portas fechadas, no Palácio Guanabara, com o governador Claudio Castro, representantes de secretarias estaduais, Firjan, Fecomércio e Associação Comercial.
A pauta de exportação do Rio para o mercado americano passa por petróleo, aço, ferro, máquinas e equipamento. O petróleo foi excluído da primeira taxação, se passar a ser sobretaxado agora, isso poderá prejudicar os municípios do Norte Fluminense.
No entanto, há um entendimento de que há um contingente grande de trabalhadores empregados em pequenos municípios em indústrias que integram cadeias produtivas, como peças e equipamentos, que poderão ser severamente afetados. Não foi apontado durante a reunião quais seriam as cidades mais vulneráveis. No entanto, uma fonte consultada pelo blog vê a região do Sul Fluminense com uma das que devem ser mais fortemente atingidas.
A mão de obra envolvida na produção desses componentes, explica uma fonte, pode parecer, a princípio, numericamente pequena, mas pode ser muito significante para o município.
Fonte: O Globo - Coluna Míriam Leitão