Com viagens ao exterior, Castro começa a sair de cena do governo para cacifar sucessor
Enviado Quarta, 11 de Junho de 2025.Rodrigo Bacellar (União Brasil) assume nos próximos dias como governador de forma interna, já com agenda pronta pelo estado
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), fará uma viagem de pelo menos dez dias com a família, deixando o caminho livre para o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), assumir, finalmente, o comando do estado. Pelo o acertado entre eles, a troca de bastão acontece até o próximo domingo, dia 15, quando Castro deve embarcar para o exterior. Se nada mudar, vai ser a primeira vez que o deputado de Campos sentará na cadeira interinamente, como parte da estratégia para fortalecer sua candidatura em 2026.
Após retornar das férias, Castro terá outra viagem internacional, para Portugal. É prevista a sua participação no Fórum de Lisboa, evento jurídico entre os dias 2 e 4 de julho, organizado pelo ministro do STF Gilmar Mendes. Será mais uma oportunidade para Bacellar.
O presidente da Alerj já tem uma agenda preparada para quando estiver com a máquina na mão nas ausências de Castro. Ele irá irá percorrer o estado, fará anúncios e aproveitará para liberar recursos a municípios. A estratégia é se tornar conhecido do eleitorado fluminense e amarrar apoios com prefeitos para o ano que vem. Pelo cenário que se desenha atualmente, ele enfrentará nas urnas o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), atual franco favorito na disputa.
De acordo com levantamento do Paraná Pesquisas, Paes tem 57% das intenções de votos. Bacellar aparece em segundo, com 10%.
O presidente da Alerj conseguirá assumir o governo graças a uma jogada que tirou de cena o vice eleito com Castro, Thiago Pampolha (MDB). Após meses de negociações, Pampolha renunciou ao cargo e tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Já o governador deve se desincompatibilizar até abril de 2026, porque pretende concorrer ao Senado. Se Castro deixar o governo de vez, Bacellar, como governador e possível candidato, disputaria uma reeleição.
Fonte: www.veja.abril.com.br