Reforma Tributária: relator adia cronograma de trabalho da regulamentação

Enviado Quarta, 16 de Outubro de 2024.

Eduardo Braga se recupera de cirurgia. Plano para votação sai na semana que vem

Relator do projeto de lei que regulamenta a Reforma Tributária no Senado, o líder do MDB na Casa, Eduardo Braga (AM), só vai apresentar seu cronograma de trabalho no próximo dia 23 de outubro. A previsão é que isso acontecesse nesta quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Por recomendação médica, Braga ficará afastado de suas atividades parlamentares até o próximo dia 20. Segundo nota divulgada pelo gabinete do senador, Eduardo Braga se submeteu a uma cirurgia, para a retirada de uma hérnia de disco e um cisto.

Com a apresentação do plano de trabalho do PL 68/2024 no dia 23, fica mantida a previsão de análise da matéria "ainda este ano", diz a nota. Essa estimativa foi acertada com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP).

No último sábado, em entrevista coletiva em Roma, na Itália, Pacheco afirmou que a regulamentação da Reforma Tributária ainda encontra divergências nos setores público e no privado. Porém, disse que o projeto deve ser aprovado ainda em 2024.

— Vamos nos debruçar sobre o tema no decorrer de outubro e ao longo de novembro e estamos otimistas de termos essa aprovação até o fim do ano, para que possamos virar essa página, aguardar o período de transição e fazer valer um sistema tributário melhor do que o anterior. É nisso que verdadeiramente acreditamos.

O governo retirou, no início deste mês, a urgência da tramitação do projeto de lei que regulamenta os principais aspectos da reforma tributária, porque a matéria estava travando a pauta na Casa desde 22 de setembro. O texto já foi aprovado na Câmara. dos Deputados e está no Senado.

Um dos principais pontos da regulamentação é a criação da lei geral da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirão os tributos federais, estaduais e municipais. Também haverá a cobrança do Imposto Seletivo, que incide sobre sobre itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, e estabelecido um regime de "cashback".

Fonte: O Globo