Fenafisco e entidades criticam falta de proposta escrita na Reforma Administrativa em reunião na sede do Fonacate
Enviado Terça, 16 de Setembro de 2025.O diretor de Assuntos Parlamentares da federação, Celso Malhani, afirmou que os servidores públicos em nada puderam contribuir na proposta.
Na última quarta-feira (10/9), a Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Distrital e Estadual) participou de uma reunião na sede do Fonacate com outras entidades filiadas ao fórum. A federação foi representada pelo seu diretor de Assuntos Parlamentares, Celso Malhani, com o objetivo de discutir a falta de transparência da Reforma Administrativa, que ainda não teve sua proposta em texto apresentado à sociedade e aos servidores públicos, ou até mesmo aos parlamentares membros do Grupo de Trabalho (GT).
Durante o encontro, Malhani lembrou que, mesmo que os servidores tenham participado de reuniões do GT e da Comissão Geral da Reforma, eles em NADA puderam contribuir efetivamente na proposta pois tiveram esse espaço negado com o baixíssimo tempo disponibilizado e a não apresentação do texto oficial da proposta. “Nos poucos espaços concedidos, com falas encurtadas e limitadas a apenas três minutos, não é possível apresentar contribuições para essa proposta. Mas quem mais influenciou o texto foram empresários e representantes do mercado, interessados em se apropriar do serviço público”, concluiu.
O diretor da Fenafisco também reiterou a transparência zero da reforma e afirmou que é uma “proposta sem proposta”, e que a partir desses fatores, já prova a certeza de ser negativa para quem depende e para quem presta o serviço público.
Ao final da assembleia, as entidades presentes concordaram em oficiar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o coordenador do GT da reforma, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), para que o texto da proposta seja exposto e após a apresentação, seja estabelecida uma comissão especial com as 40 seções de debate da proposta final.
A Fenafisco ressalta que a sociedade brasileira não deseja uma PEC 32 ainda pior, que prejudique quem depende do serviço público e os responsáveis por prestar esses serviços à população. E exige que uma proposta que altera substancialmente a Constituição Federal para mudar as regras do serviço público tenha total transparência em seus respectivos trâmites legislativos e que haja um diálogo efetivo com os parlamentares responsáveis pela Reforma para que a sociedade e os servidores possam contribuir em seu texto final.
Fonte: Fenafisco