Empresário é conduzido à delegacia em operação contra denunciados por sonegar mais de R$ 300 milhões em ICMS no RJ

Enviado Quarta, 21 de Maio de 2025.

Divino Eterno da Silva foi conduzido porque, no cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa, os agentes encontraram munição. Segundo as investigações, ele trabalha no ramo alimentício.

Um empresário foi conduzido à delegacia nesta terça-feira (20) em uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal (GAESF) e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio.

Divino Eterno da Silva foi levado para a delegacia porque, no cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa, os agentes encontraram munição. Segundo as investigações, ele trabalha no ramo alimentício. Depois de autuado, ele foi liberado.

Foram cumpridos mandados contra 17 alvos investigados e denunciados pela sonegação de mais de R$ 300 milhões em ICMS, além da prática de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e contra a administração pública.

A operação Finito II foi realizada simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Os mandados foram cumpridos em residências de auditores fiscais da Receita Estadual, escritórios de contabilidade, empresas e imóveis vinculados ao grupo atacadista investigado.

O MPRJ apreendeu HDs, celulares e farta documentação, além de quantias em moeda nacional e estrangeira sem comprovação de origem. Também foram localizadas 100 munições de calibre 9mm e 98 de calibre 0.38.

Segundo o Ministério Público, o grupo utilizava empresas de fachada e emitia notas fiscais falsas para evadir o pagamento de ICMS, o que gerou um prejuízo superior a R$ 300 milhões aos cofres públicos.

As investigações também apontaram estratégias de ocultação e lavagem do dinheiro, através do uso de "laranjas", contratos fictícios de locação e movimentação financeira utilizando empresas de fachada.

A defesa de Divino afirma que a munição encontrada na casa dele pertence a seu filho, que é atirador esportivo.

Também alega que as imagens do dinheiro e do fuzil não dizem respeito ao mandado de busca e apreensão que foi cumprido na residência. A defesa também diz que o valor que foi apreendido totaliza R$ 5mil, que corresponde ao fundo de caixa da empresa.

Fonte: G1