Alerj participa de seminário sobre protagonismo do Rio na indústria do petróleo
Enviado Terça, 15 de Abril de 2025.A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) participou na última quinta-feira (10/04) do seminário ‘A Força do Petróleo do Rio de Janeiro - Um Gigante Energético’, realizado no Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União), foi representado no evento pelo parlamentar e decano da Alerj Luiz Paulo (PSD) - a deputada Célia Jordão (PL) também participou do evento. Promovido pela Secretaria de Energia e Economia do Mar (Seenemar), o encontro reuniu autoridades públicas, integrantes do setor e especialistas para debater o papel estratégico do Estado do Rio na cadeia produtiva do petróleo e gás, bem como as oportunidades de desenvolvimento econômico e os desafios da transição energética.
Durante sua fala, Luiz Paulo ressaltou a importância de discutir a repartição das receitas oriundas do pré-sal entre os entes federativos. “O setor produtivo de petróleo e gás será protagonista na transição energética do país. Os royalties e a participação especial devem gerar este ano cerca de R$ 25 bilhões para o Estado do Rio. No entanto, todas as novas descobertas do pré-sal são feitas no regime de partilha, no qual o estado recebe zero de participação especial”, criticou.
O deputado destacou, ainda, que caso o Rio de Janeiro tivesse direito a essa fatia poderia arrecadar R$ 18 bilhões adicionais. “Somos responsáveis por mais de 80% da produção nacional de petróleo. Se temos esse protagonismo, também devemos ter participação mais justa na distribuição dessas riquezas”, defendeu Luiz Paulo, dirigindo-se aos parlamentares federais.
Capital energética do Brasil
Durante a cerimônia de abertura, o governador Cláudio Castro afirmou que o Rio de Janeiro é a principal referência energética do país. “O estado é responsável por 89% da produção de petróleo e 76% da de gás natural no Brasil. É mais importante para o Brasil, do ponto de vista energético, do que o Texas é para os Estados Unidos”, comparou. Ele voltou a defender a reformulação do pacto federativo e o redirecionamento dos recursos arrecadados com o petróleo para investimentos em infraestrutura e qualidade de vida.
Segundo a Secretaria de Fazenda, a extração de petróleo e gás respondeu por mais de 90% das exportações fluminenses, em 2024, movimentando aproximadamente R$ 41,7 bilhões. A indústria de petróleo gera 1,6 milhão de empregos no Brasil e que as maiores empresas globais de petróleo, e que hoje estão se posicionando como empresas de energia, estão sediadas no Estado do Rio. Além disso, o Rio de Janeiro se consolida como o maior produtor de biogás (327milhões de 3³/ano) e o primeiro de biometano (80,3 milhões de m³/ano) do país.
Novas energias e desenvolvimento sustentável
Além do petróleo e gás, o evento também discutiu os avanços do estado em projetos de energias renováveis. O Rio também desenvolve projetos de mobilidade sustentável e descarbonização, como o Corredor Sustentável e a utilização de ônibus movidos a gás natural.
Outro destaque é o potencial do estado para geração de energia eólica offshore. O Rio já conta com 15 projetos em fase de licenciamento no Ibama e pode gerar mais de 210 mil empregos com o desenvolvimento desse setor.
O secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, reforçou a importância de se construir uma matriz energética mais diversificada. “O petróleo e o gás seguem sendo pilares da nossa economia, mas é olhando para as energias renováveis que construiremos um futuro energético mais justo, resiliente e sustentável”, afirmou.
Fonte: Site Alerj