Recomposição salarial do Estado do Rio volta a ser discutida, em reunião com Alerj

Enviado Quinta, 13 de Fevereiro de 2025.

Comissão busca alinhamento das demandas e participação do Executivo nas negociações após Carnaval

Nesta quarta-feira (dia 12), foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho que discutirá a recomposição salarial dos servidores estaduais do Rio de Janeiro. A comissão, formada por parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), tem como objetivo analisar a demanda histórica da categoria, que sofre com perdas salariais acumuladas nos últimos anos.

A reunião serviu para alinhar as demandas das categorias. Durante o encontro, ficou claro que, para garantir que os servidores recebam a recomposição salarial, será necessário envolver o Executivo no processo.

Após o Carnaval, os deputados planejam se reunir com os servidores para apresentar uma proposta factível, discutindo as necessidades de cada setor. Além disso, um encontro com representantes do governo estadual será agendado para realizar um levantamento sobre as condições e as possibilidades orçamentárias para a recomposição salarial.

Parlamentares avaliam

O deputado Luiz Paulo (PSD) destacou a importância da presença do governo nas negociações:

– Nesta mesa de negociação tem que ter o Executivo, porque não adianta a Alerj fazer isso sozinha. Quem paga a conta é o Executivo. É inaceitável que todos os poderes tenham recebido a reposição menos o Executivo, que administra o cofre. Olha que contradição.

Parcelas em débito

A recomposição salarial dos servidores estaduais é uma reivindicação antiga, dividida em três parcelas, referentes às perdas inflacionárias entre 2017 e 2021.

No entanto, o Poder Executivo ainda não cumpriu a segunda parcela, de 6,5%, correspondente ao ano passado, nem incluiu o incremento previsto no orçamento de 2025. O deputado Flávio Serafini (PSOL), que coordenou o encontro junto com Rodrigo Amorim, destacou que a comissão está empenhada em apresentar uma proposta viável, levando em consideração a realidade financeira do estado.

– Os servidores do RJ estão sofrendo com perdas, salários muito defasados e muitos estão de fato empobrecendo. Não existe serviço público de qualidade sem servidores respeitados e minimamente valorizados – afirmou Serafini.

Fonte: Extra