Em retorno à política, Pezão sai na frente de ex-aliado e lidera em Piraí, aponta pesquisa Ipec
Enviado Quinta, 15 de Agosto de 2024.Levantamento divulgado nesta quarta-feira mostrou o ex-governador com 54% dos votos, contra 29% de Arthur Tutuca
O ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão (MDB), que retorna à política após quase seis anos afastado, aparece à frente de seu oponente, Arthur Tutuca (PRD), em nova pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira sobre as intenções de voto na disputa pela prefeitura de Piraí. O emedebista tem 54% contra 29% de seu oponente, que é irmão do secretário de Turismo do Rio, Gustavo do Tutuca, e filho do ex-prefeito de Piraí Arthur Henrique Gonçalves Ferreira, falecido em 2020, durante seu mandato.
Ainda segundo o levantamento, 7% dos entrevistados indicaram intenção de votar branco ou nulo e outros 10% responderam não saber em quem votar. Encomendada e divulgada pelo jornal Aqui, da região Sul Fluminense, a pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 12 de agosto de 2024 e ouviu 400 eleitores. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos, para um nível de confiança de 95%.
O pleito na cidade do interior do estado, que tem aproximadamente 28 mil habitantes, envolve dois antigos conhecidos, já que as famílias eram aliadas políticas. Durante o período em que foi governador do Rio, Pezão teve Gustavo Tutuca, irmão mais velho do atual rival, em seu secretariado, comandando a pasta de Ciência e Tecnologia. A relação de proximidade, no entanto, era ainda mais antiga, já que ele também atuou na equipe de Pezão quando ele ocupou a prefeito de Piraí.
Pezão deixou o cargo de governador antes de concluir o mandato em 2018, quando foi preso na Operação Boca de Lobo, um braço da Lava-Jato, por suposto recebimento de propina da federação que reúne empresários de ônibus no Rio, a Fetranspor. O emedebista ficou atrás das grades entre novembro de 2018 e dezembro de 2019.
Em junho de 2021, ele chegou a ser condenado a 98 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. No ano passado, porém, o ex-governador foi absolvido após anulação das sentenças do então juiz federal Marcelo Bretas, que julgou os casos.
Apesar dessa vitória judicial, Pezão é considerado inelegível atualmente por conta de uma condenação por improbidade administrativa referente aos anos de 2014 e 2015. A expectativa do ex-governador é conseguir derrubar a sentença até o fim do período de registro de candidaturas ou disputar o pleito por força de liminar.
Fonte: O Globo