Alerj vota projeto do governo que reduz gradualmente incentivos fiscais até 2032
Enviado Terça, 02 de Dezembro de 2025.A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota, em discussão única, nesta terça-feira (02/12), o Projeto de Lei 6.034/25, de autoria do Executivo, que propõe a redução gradual dos incentivos fiscais fluminenses até 2032, último ano em que ainda não estarão em vigor as normas da Reforma Tributária (Emenda Constitucional Federal 132/23). A proposta começou a ser debatida, em plenário, no dia 08/10, quando recebeu emendas parlamentares que podem alterar o texto original durante a votação.
A medida altera regras do Fundo Orçamentário Temporário (FOT) - instituído pela Lei 8.645/19. A nova proposta aumenta de 10% para 30% o valor de compensação a ser depositado no fundo pelas empresas que ganham benefícios tributários. Esse novo percentual valerá a partir de 2026, respeitando o prazo de 90 dias após a publicação da nova medida em Diário Oficial.
A partir de 2027, o projeto determina um aumento escalonado do percentual a ser depositado no fundo. Este aumento será de 10% ao ano, de modo que em 2032 as empresas tenham que devolver 90% dos incentivos ao Governo do Estado. As regras serão as seguintes: 40% em 2027; 50% em 2028; 60% em 2029; 70% em 2030; 80% em 2031 e 90% em 2032.
A única exceção à regra são os contribuintes que, antes da publicação da nova medida em Diário Oficial, já tenham benefícios fiscais com data limite especificada e cumprimento de contrapartidas onerosas, conforme regulamentações das legislações federais vigentes. Para estes casos, o percentual de depósito no FOT será de 18,8%.
O Governo do Estado prevê que a redução dos incentivos fiscais possa gerar incremento de arrecadação estadual da ordem de R$ 2,12 bilhões para o ano que vem. Os dados foram elaborados pela Subsecretaria de Política Tributária (Subpot) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
De acordo com o governador Cláudio Castro, o envio desta medida à Alerj é para enfrentamento à crise financeira pela qual o Estado do Rio atravessa, com déficit orçamentário previsto para o ano que vem de R$18,93. Castro também citou que a norma será importante para garantir receitas futuras ao Rio devido à transição tributária para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), instituído pela Reforma Tributária Federal.
“Durante o período de transição federativa, que se estende até 2079, a participação dos entes federativos na arrecadação do IBS será fortemente influenciada pela arrecadação histórica do ICMS no período de 2019 a 2026. Assim, é fundamental que o Estado do Rio adote, em tempo hábil, medidas que maximizem sua receita de ICMS, sob pena de comprometer sua participação futura na partilha do novo tributo nacional”, justificou o governador.
Fonte: Alerj
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