Com petróleo, Rio lidera exportações brasileiras para a China em 2024

Enviado Quarta, 22 de Janeiro de 2025.

Do total vendido pelo Brasil para o país asiático, 17% saíram do estado do Rio

Com o salto nas exportações de petróleo, na esteira do desenvolvimento da produção do pré-sal, o Rio foi, pelo segundo ano seguido, o campeão, entre os estados, nas exportações brasileiras para a China.

No passado, 17% das exportações para o maior parceiro comercial do país saíram do Rio, e quase tudo foi petróleo. A matéria-prima respondeu por 96% das vendas de produtos fluminenses para a China. Em segundo lugar, ficou Minas Gerais, com 16% das exportações totais.

Os dados são do relatório do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), elaborado com base nas estatísticas da balança comercial do ano passado.

Em 2024, as vendas de petróleo do Brasil para o exterior aumentaram 5,2%, e a China foi o principal destino. O mercado chinês ficou com 45% das exportações brasileiras. Como a produção nacional de petróleo é concentrada no Rio, o estado se torna o maior exportador para a China.

Os três produtos mais vendidos pelo Brasil ao gigante asiático são soja, petróleo e minério de ferro. Se a produção da indústria petrolífera é concentrada no Rio, a de minério de ferro se divide entre Minas e o Pará. Por isso, numa série histórica iniciada em 2005, elaborada pelo CEBC, Minas, Pará e Rio se alternam no posto de maior estado exportador para a segunda maior economia do mundo.

O levantamento foi feito a partir dos dados de origem da produção, não de embarque. No caso da soja, Mato Grosso é o maior produtor nacional, mas a produção não é tão concentrada em um só estado quanto as de petróleo e minério. Em 2024, Mato Grosso foi o quarto maior vendedor para a China, com 10% do total.

– Considerando o comércio do Brasil como um todo para a China, tivemos um aumento no faturamento das vendas de petróleo, de 1%, mas uma queda de quase 20% no faturamento das vendas de soja, bem acentuada. Essa queda brusca da soja foi um fator tão preponderante quanto o aumento das vendas de petróleo para a China e para o ganho de participação do produto na pauta – disse Tulio Cariello, diretor de Conteúdo e Pesquisa do CEBC.

Fonte: O Globo