Pesou no bolso: cesta básica teve alta de preços nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em 2024

Enviado Quinta, 09 de Janeiro de 2025.

Com o custo médio de R$ 779,84, Rio de Janeiro é a quarta cidade com o maior preço de alimentos

Ao longo do ano passado, o valor médio da cesta básica aumentou nas 17 capitais em que o são feitas pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As quatro maiores altas entre os meses de dezembro de 2023 e do ano passado ficaram acima dos 10% nas seguintes cidades: João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%).

Já Porto Alegre (2,24%), Belém (3,16%), Salvador (4,12%) e Rio de Janeiro (5,58%) tiveram os menores percentuais médios de aumento.

No último mês de 2024, apenas a cidade de Campo Grande apresentou redução do valor da cesta. O preço médio dos alimentos diminuiu 0,27% na capital do Mato Grosso do Sul. Houve aumento nas demais, com os maiores acontecendo em Natal (4,01%), Aracaju (3,90%), Vitória (2,88%).

Ainda em dezembro, São Paulo lidera essa lista, com o custo de R$ 841,29. Na sequência, aparecem Florianópolis (R$ 809,46), Porto Alegre (R$ 783,72) e Rio de Janeiro (R$ 779,84). Com o valor médio de R$ 554,08, a cesta em Aracaju foi a mais barata no mês.

De acordo com o Dieese, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta foi de 109 horas e 23 minutos no mês passado. No mesmo período, o trabalhador que recebeu o salário mínimo comprometeu em média 53,75 dos rendimentos.

A pesquisa ainda revelou que, em dezembro do ano passado, o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.067,68, isto é, 5,01 vezes o mínimo de R$ 1.412 (vigente até o fim de 2024) Em novembro, o mínimo necessário correspondia a R$ 6.959,31, ou seja, 4,88 vezes o piso nacional.

Fonte: Jornal Extra