Novo índice revela cidades que transformam melhor impostos em qualidade de vida
Enviado Sexta, 14 de Novembro de 2025.Volta Redonda está entre cidades do ranking, atrás apenas de Osasco e São Paulo. Ferramenta pioneira compara 396 municípios brasileiros e mostra disparidades regionais na eficiência do gasto público
Volta Redonda é a terceira cidade que melhor transforma seu imposto em qualidade de vida, atrás de Osasco e São Paulo no ranking nacional. É que o Retornômetro, desenvolvido pela Assertif, avaliou 396 municípios com mais de cem mil habitantes e revelou quais cidades convertem com maior eficiência a arrecadação tributária em saúde, educação, infraestrutura, emprego e governança. Osasco (SP) alcançou a melhor nota do país (783,3 pontos), seguido por São Paulo (640,4) e Volta Redonda (RJ) (631,5). A média nacional ficou em 481,2 pontos.
A metodologia do Retornômetro combina dados oficiais de fontes como IBGE, FINBRA, DATASUS e INEP. Os indicadores foram organizados em três eixos centrais: Viver (qualidade de vida, saúde, educação, saneamento), Prosperar (emprego, renda e desenvolvimento econômico) e Governar (transparência, equilíbrio fiscal e capacidade de investimento). Cada município recebeu uma nota de 0 a 1000, revelando sua eficiência relativa na aplicação dos recursos públicos.
A análise mostra que regiões mais ricas tendem a apresentar melhor desempenho. O Sul lidera a média nacional com 526,6 pontos, seguido pelo Sudeste (519,2). Já o Norte e o Nordeste ficaram em patamares mais baixos, com médias de 399,9 e 401,3, respectivamente — evidenciando as desigualdades estruturais de gestão pública no país.
Segundo o estudo, 60,6% dos municípios analisados superaram a média nacional, mas a variação de desempenho ainda é expressiva: enquanto Osasco (SP) lidera com 783,3 pontos, outros municípios registraram índices abaixo de 200.
“O Retornômetro traz uma métrica clara e objetiva para um debate que, até hoje, era dominado por percepções e narrativas políticas. Pela primeira vez, conseguimos mensurar com precisão onde os impostos de fato geram valor público e onde ainda há gargalos de eficiência”, afirma José Guilherme Sabino, CEO do Grupo Assertif.
A iniciativa também se insere no contexto do paradoxo fiscal brasileiro: embora o país tenha carga tributária comparável à de nações desenvolvidas, o retorno social permanece aquém do esperado. Países como Noruega e Finlândia combinam alta arrecadação com serviços de excelência, enquanto o Brasil figura entre os últimos colocados em índices internacionais de retorno social dos tributos.
“O índice não pretende apontar culpados, mas sim oferecer uma ferramenta técnica de diagnóstico e comparação. Ao evidenciar boas práticas municipais, esperamos apoiar gestores, pesquisadores e cidadãos na busca por uma gestão pública mais eficiente e transparente”, completa Sabino.
Fonte: Extra
Aumentar textos
Reduzir textos
Contraste